terça-feira, 19 de maio de 2009

UM LUGAR RESERVADOI A UMA PESSOA Q GOSTEI(FOI MAIS DO Q ESTE SENTIMENTOS)

YGOR ESSE ESPAÇO É PRA VC...


From: ygor_gato_26@hotmail.com
To: borges_roger@hotmail.com
Subject: RE:
Date: Thu, 2 Oct 2008 19:24:59 +0000

Gostei muito do que está escrito neste e-mail,de vdd,no entanto não se se estou a altura de corresponder todo este sentimento que ora vc tem por mim,digo-te isto pq,de fato muitas coissa mudou entende..desde o momento que fui a Flex,ao Spirit of London e todo o processo que tive q fazer com minha mãe,dize pra vc que não valeu a pena estaria mentindo valeu muito a pena o problema foi e está sendo o que mudou em mim,Brigadeirão eu sempre tb fui muito sozinho,sempre tive dificuldade d enamorar por conta da vida q tenho tal,namorei uma unica vez q foi o tiozinho q t falei e que o clay fez eu despertar para algo que eu não enxergava,dae me apaixonei pelo Clay tal e hj somos amigos e chega vc,fiz todo um processo e não deu certo,tudo isto fez com que meu coração aceitasse que eu nasci ora ficar sozinho mesmo,eu todos estes dias q to aqui converso com o clay,ligo pra ele tal,nossos corações estão cansados de sofrer de nadar contra a maré,chegamos a conclusão que nossos corações devem ter um pouco de sossego e de fato pensar um pouco mais em nós,me sinto feliz de ver que o Clay num liga masi pro André não que o andré não mereça mas pq o Clay "Abriu os olhos" e no nosso caso Docinho não quero que vc se prove de viver um grande Amor por minha causa,vc ecluiu o rapaz do deu orkut e msn,fui e sou contra isto mas voce preferiu assim,gosto de vc,gosto de nossas conversas pelo msn,fiquei feliz d er convecido minha mae,mas todo este esforço que eu fiz fez com que eu me desgastasse muto e qdo eu fui a Flex e vc num tava e talz num pude t culpar e nem devo t culpar não há culpados mas fomos azarados,vc queria muito me ver mas num tava sa duas vezes q sai pra t ver,mas tudo bem,hj estou envolvido aqui na fazenda,me sinto sozinho,as vezes me pego a pensar em vc,no inicio de nossas conversas as confusões q me meti enfim,me da uma vontade louca de ver-te tal,mas qdo eu penso msi um pouco recuo,a gente se gosta muito,mas quero mais um tempo pra pensar nas minhs coisas entende?Forma tres meses d muita coisa e em menos de 1 mes fiz minha mae mudar muito não importa o q q eu fiz mas eu fiz ela mudar me desgasti muito,por isto resolvi vir pra fazenda,olha naum estou indeciso quero viver e quero q vc viva,temos muito que aprender juntos mas este juntos pode ser tanto da froma q queremos como de outra tb!!!Foi um ano pra mim muito dificil,v ainda pode sair pras baladas eu num posso tanto,vc ainda tm muitos amigos eu só tenho o Clay e Vc mas eu e vc é diferente entende....
Espero que vc tenha me compreendido,lhe quero muito e muito bem tb,mas não quero me precipitar...da mesma forma q pre3cisei de pensar pra converncer minha mae,quero convencer meu coração que devo e posso Amar ou gostar de algume intensamente d novo...

Bjuxx do seu sempre Guinho



From: Ygor Gato
Sent: Saturday, September 13, 2008 9:51 PM
Subject: Spirit Of London

Brigadeiro,vc num ta em ksa t chamoei pra ir comigo no spirit Of Lond mas vc numtava,o clay t ligou e nada..q pena.....Fik pra prociuam to levando 25 das 50 colocações q eu omprei..q pena vc viu acho q nosso destino naum é pra se ver mesmo..q pena to indo..to passandoi este e-mail só pra t dizer q fiz qestão q vc fosse..bjuxx...o motorista ta me esperando..bjuxx vou vcuritri por vc...Tchauuu
Ja cherei ta tudooooo..


From: ygor_gato_26@hotmail.com
To: borges_roger@hotmail.com
Subject: RE:
Date: Wed, 6 Aug 2008 05:02:07 +0000

Oieeeeeee,
Q email gracioso q vc me mandou viu,to muito feliz mesmo!!!!
Vc está sendo muito especial pra mim tb.
Tenha certeza da minha admiração e carinho,o resto como voce mesmo disse só tempo dirá.
Relacionar-se com as pessoas é de fato muto complicado,tenho muito medo Ro de me machucar e de machucar alguem,ja fui muito machucado e tenho pessoas q Amu de paixão q ja se machucaram tb é terrivel esta dor do abandono do se sentir esquecido!Não tenho como não me lembrar do Clayton,vou t confessar algo,ja gostei muito muito muito muito muito do Clay,sofri ao ter q mudar o sentimento de Amor q sentia por ele por um outro sentimento mais sublime q é o de amizade,ele me ensinou muito,tudo o q sou devo a ele,tudo o q penso devo a ele,eu ja fui um viciado em dorgas e quem me ajudou foi o clay,muitas vezes só por msn ou por e-mails,me lembro como se fosse hj ele chorando pelo André e eu lá vendo tudo sem poder ajuda-lo e com inveja do André pelo o amor q o Clayton sentia por ele,por isto Roger q tenho medo de me envolver,sim sera magico qdo nos conhecermos mas quero amigo que tenhamos calma,ja sofremos o suficiente para nos machucar novamente,espero q vc me entenda!!!!
Gosto de tc com vc tb,mas quero ir com calma,jaq me decepcionei muito,e por enqto a unica pessoa q não me decepcinou foi o cly talvez por não termos tido nada,mas de qq forma quero muito t conhecer e como voce mesmo diz quem sabe o tempo dirá!Vc é Especial creio q isto já é o começo não o suficiente mas um bom começo!!!!

Boa noite do seu miguxxo

Ygor Mascarenhas Holler

mas pra vc:Guinho



From: ygor_gato_26@hotmail.com
To: borges_roger@hotmail.com
Subject: RE:
Date: Thu, 7 Aug 2008 19:33:01 +0000

Oieee,
Ro,hj não vou entrar ta estou aqui na ksa da minha tia q é bem perto do hospital oinde esta minh avó,ela esta um pouco melhor,q bom npé,não fiq preocupado estou bem,só não vai dar pra entrar hj no msn,estou moreedno de saudades de poder termos aquelas coiversas q temos são muito gostosas,se der qq coisa eu entro mas não posso garantir,minha mae ta pegando muito no meu pé sobre Vc!!!!
Tenho q ir agora Bjuxxx e Eu gosto muito de tc com Vc....Bjuxxxx e durma bem ta





From: ygor_gato_26@hotmail.com
To: borges_roger@hotmail.com
Subject: RE:
Date: Thu, 7 Aug 2008 03:30:20 +0000

Oi,
vc não tava no msn,espero q esteja bem....
Minha Vozinha,esta na UTI.muito mal muito mal mesmo!!!!Queria tc com vc mas dexa pra manha né...
Vc saiu hj pra baladenha?!!!!Espero q se foi tenha se divertido!!!!!Bjuxxx



From: ygor_gato_26@hotmail.com
To: borges_roger@hotmail.com
Subject: RE:
Date: Sat, 9 Aug 2008 20:29:56 +0000

Oi!!!!Roger,estou muito triste,meu coraçãozinho esta como estas letras pequinininho,mas olha não se preocupe comigo ok?!O Clayton vira pra ksa hj,mas tera q ir embora amanha sei la ou hj a noite alias ele acabou de chegar!!!
Minha Vozinha sera sempre especial pra mim,ela era todo Amor todo carinho!Minha mãezinha ta muito tristinha muito mesmo!
Ah!Vc ir´sair né o Clayton comentou agora q Vc e o André poderão sair mais não e certeza,gostaria muito de tc com vc a noie toda pq to muito chateadinho,mas não quro qtrapalhar seus planos,gostaria muito q vc estivesse junto de mim agora,pra sentir seu abracinho,mas infelizmente ainda não é possivel,mas sei q chegara este dia torço por isto todas os dias,vou indo vou conversar no colo do meu amiguinho hehehe!!!!Mas se vc de fato for sair divirta-se por nós e pelo Claytinho..hehehe ele ta aqui vendo euescrever pra vc...sai daqui curioso..hehehe
Me sinto ampardo por voces dois viu....
Depois gostaria muito de tc com Vc muito mesmo!!!!
Bjuxx e reza pela minha vozinha ta,o clay pediu pra vc cuidar do André o tempo ta meio frio e ele ta gripado...
Bjuxx de novo novo novo
até mais
Penso muito em /vc ta

Guinho


ESTE FOI O ULTIMO Q A MAE DELE ME ENVIOU APOS O SEU FALECIMENTO.

COMO VC FAZ FALTA VIU?



From: Ygor Gato
Sent: Thursday, November 06, 2008 10:39 PM
Subject: RE: Spirit Of London

Rogério Boa Noite,Sou a mãe do Ygor,estamos muito triste realmente com o ocorrido,nem sei como tenho forças para escrever este e-mail,meu filho pensou e falou muito de voce,tudo foi muito de repente,quando eu estiver melhor lhe enviarei um e-mail mais detalhado do que acontecu,só me deixa ter forças.
Lhe digo somente uma coisa me arrepndo de não ter ouvido meu Filho e o Clayton,deveria ter sido menos rigorosa com ele mas agora não adinata mais nada,ele gostou e muito de voce!
Até,
Helga

quarta-feira, 13 de maio de 2009

QUANDO ME AMEI DE VERDADE...

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. Então pude relaxar...
*Hoje sei que isso tem nome: AUTO ESTIMA!
* Quando me amei de verdade, pude perceber que a minha angústia e sofrimento emocional não passam de um sinal de que estou indo contra as minhas verdades.Hoje sei que isso é: AUTENTICIDADE!
*Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que aconteceu contribuiu para o meu crescimento.Hoje chamo isso de: AMADURECIMENTO!
*Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo forçar alguma situação ou alguém, apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa não está preparada, inclusive eu mesma.Hoje sei que o nome disso é: RESPEITO!
*Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me colocasse para baixo. De início, minha razão chamou essa atitude de egoísmo.Hoje sei que se chama: AMOR PRÓPRIO!
*Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre e de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.Hoje sei que isso é: SIMPLICIDADE!
*Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e com isso errei muito menos vezes.Hoje descobri a: HUMILDADE!
*Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez.E isso é: PLENITUDE!
*Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.E tudo isso, é: SABER VIVER!!!!!!!!!!!!!

A SOLIDAO AMIGA

A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!"
Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:
"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!
Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.
Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."
Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.
E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília..."
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.

ONDE ESTA MEU AMOR




Onde está a poesia da minha vida?O toque sentido, o amor dividido?Onde está você que não vejo?Por quanto tempo, por quantas vezesa saudade fará morada em meu serA mente quer deletar aquilo que meu coração ardeA mão quer amar, acariciar, mas aqui é tão frioOlho pessoas e passos vagos,risos falsos, corpos feridosE meu íntimo diz: vá, siga, acrediteSerá que vivo num mundo que não me pertence?As pessoas não sabem mais amar?E o calor do desabrochar de um grande amor?E o pensamento sereno e infantilde esperar e sonhar acordado?Serei eu uma sonhadoranum tempo em que se procura e nada se achaOnde está vc?Meu amor...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

EM BREVE NOVAS POSTAGENS...

BOA SEMANA A TODOS