domingo, 5 de abril de 2009

QUEM SOU EU AFINAL.???

parte 1

QUEM SOU EU?? NAO SEI...SÓ SEI QUE VIVO POR VIVER...PARA NAO TER QUE FAZER SOFRER...QUEM AMO...E ESSA PESSOA...NÃO ME QUERER...
NA SOLIDAO VIVO EU...SEM RUMO NEM CAMINHO TRAÇADO...PERDIDO NUM MUNDO CRUEL...TRISTE E SÓ...SEM NUNCA SER AMADO...
MEU PENSAMENTO SE DESVANECE...EM LOUCURAS NUNCA COMETIDAS...EM PAIXOES DESILUDIDAS...E AMORES PASSAGEIROS...QUE NUNCA ME AMARAM...MAS ME MARCARAM...
COM MUITAS SAUDADES...CARINHOS...E BEIJOS...
QUEM SOU EU AFINAL???

parte २
Todos utilizamos a palavra Eu centenas de vezes por dia।Porém, bateu-me uma dúvida, num daqueles meus momentos de insónia solitária, de quem sou eu afinal.Obviamente que essa insónia se prolongou por muitas mais horas e, quase já de manhã, depois de muitas voltas ter dado na cama, conclui que afinal não sei muito bem quem sou!Defino-me como uma pessoa diferente, penso muito (infelizmente), gosto de pessoas, gosto de uma boa conversa, respeito muito o meu Amor, sou simples por fora e complicadíssima por dentro, gosto de escrever, de uma boa conversa, sou de estatura média, olhos castanhos… mas… eu serei só isto? Serei basicamente só esta matéria ou este objecto, um tanto ao quanto errante, que se vai arrastando ao longo da vida?E os segredos? E aqueles desejos que temos, que provavelmente morreremos com eles, que não contamos nem à pessoa mais íntima? E aquilo que escondemos dos outros, por vergonha, por receio, por medo… Será que não somos mais tudo isso que temos escondido nos nossos segredos, que são só nossos, que por vezes sentimos necessidade de partilhá-los, mas não o fazemos? Será que não é aí que encontraremos o verdadeiro eu?Se assim for, então meus amigos… sou (somos) uma verdadeira farça!!!PS: Fica o desafio para os leitores para definirem o seu verdadeiro EU, quer física quer psicologicamente.Só os fortes aceitarão este desafio…

PARTE ३
Afinal, quem sou eu?Por Paulo Angelim
Não seja tolo. Não pense que essa dúvida é irrelevante. Pelo menos não deveria ser para você. Lógico que quem eu sou não deve ter importância alguma para você, mas quem você é deveria ser uma pergunta a inundar diariamente sua alma. Por quê? Explico! Não saber quem você é lhe incapacita saber com quem pode contar. Diga-me uma coisa: você está usando o máximo de si? Onde você espera chegar? O que espera ser capaz e apto a fazer? Agora, responda-me: QUEM FARÁ OU ALCANÇARÁ ISSO? Será que a pessoa que você imagina ser, está realmente preparada para enfrentar os desafios dessa jornada de conquistas que você quer trilhar para si mesmo? Essa pessoa está à altura dos obstáculos que inevitavelmente surgirão nessa caminhada em direção ao topo? Ora, como acreditará em quem não conhece?
Pois bem, às vezes, me sinto confuso sobre quem eu sou. Olho para alguns de meus atos e percebo que eles não espelham meus valores. Às vezes, minhas frustrações me levam a emoções coléricas, indesejáveis, e que se materializam através de gestos arrogantes, presunçosos ou desrespeitosos. Apesar de pensar que tais comportamentos são absolutamente reprováveis, mesmo assim os faço. De certo que são pouquíssimas vezes, mas ocorrem, são reais. Sinto então incoerência, e com ela conflito interior, ou seja, falta de paz. Concluo então que FAÇO, MAS NÃO ACREDITO COMO FAÇO.
Chego à conclusão que, diferentemente do que eu pensava, é possível que alguém não seja o que faz ocasionalmente, principalmente se essa pessoa rejeita seu ato. Mais ainda se esse algo é motivo de arrependimento. Assim, se agrido, mas não vivo agredindo, ou seja, se minha prática não é de agressão, o agredir ocasional não faz de mim um agressor. Talvez, alguém que agiu como um agressor. Você consegue perceber o quanto essa perspectiva é importante no convívio com as pessoas, na hora do julgamento que fazemos delas? O que quero dizer é que não podemos concluir nada sobre quem “É” alguém por uns poucos comportamentos incoerentes dela.
Mas também sou levado a pensar que alguém “É” o que faz repetidamente. E se essa pessoa vive um conflito por afirmar que isso que faz não condiz com o que pensa, com o que crer, penso que ela ou é escrava do hábito, ou na verdade “desejaria” ter como verdade em sua mente algo diferente do que realmente faz. De fato, existe uma verdade reinante que a domina e que a faz agir permanentemente como tal. Assim, SE DIGO QUE NÃO ACREDITO, MAS SEMPRE FAÇO, na verdade espero ser alguém, mas sou realmente o que faço de contínuo.
Por outro lado, uma série de verdades, crenças em mim não se concretizam, são apenas diletantismos e elucubrações que não se materializam em meu agir. São sonhos, desejos, intenções, mas não práticas. OU SEJA, ACREDITO, MAS NÃO FAÇO. Ora, se não consigo fazê-las, se por qualquer razão sou impedido ou me impeço de fazer o que penso, não consigo imaginar também que eu seja o que penso. Se repetidamente alguém foge do hábito de ler, não adianta tentar dizer para si mesmo que É amante da leitura. É mentira, ela não É assim. Pode até ter como verdade que a leitura é importante, mas seus hábitos lhe impedem de ser uma leitora. Existe uma outra verdade mais preponderante. Talvez que programas de TV são mais compensadores, por exemplo.
Da mesma forma, muitas vezes meus sentimentos contrariam meus pensamentos. Penso sobre o inegociável direito que os outros têm de prosperar, mas sinto inveja quando eles alcançam. Penso sobre a necessidade de respeitar os interesses e preferências dos outros, mas me sinto excluído e preterido quando eles fazem escolhas que me contrariam. Afinal, quem eu sou? Sou o que penso ou o que sinto? Se sinto algo que contraria o que penso, ou vice-versa, estou em conflito. Pior ainda. Se penso que amo, mas sinto que odeio, e acabo agindo com indiferença, me anulando, vivo um inferno interior de tormento e contradição. Afinal, quem eu sou?
Por vezes meus atos são controlados pelas emoções (ódio, raiva, carinho) decorrentes de meus sentimentos, mesmo que firam o que acredito. Mas se tenho consciência do que penso como verdade, acabo por me arrepender do que fiz, compreendo que errei. Em outras, é a vontade decorrente de meu pensar, de minha razão, que impera e determina meu comportamento, subjuga meus sentimentos. Aí, sofro, porque o aplacamento dos sentimentos me traz dor interior. Quando penso ter sido forte, sinto que, na verdade, fraquejei em externar o que sentia.
Concluo então que enquanto usar a mim mesmo como referência para saber quem sou, enquanto olhar unicamente para meu ser só concluirei que existem vários “eus” em mim. Duelando entre si. Lutando para prevalecerem. Por vezes sou o que continuamente faço. Em outras sou o que continuamente sinto. Também é certo que sou o que continuamente penso. Só me resta uma saída: se sou vários “eus” que se conflitam, que tentam se anular, concluo que nada sou.
Mas nem tudo está perdido. Se eu me permitir a chance de olhar para fora de mim, para alguém que me sirva de modelo para um pensar, agir e sentir coerentes, para alguém em quem encontro perfeição na harmonização destas três instâncias do ser, é mais provável que descubra quem eu sou. Enquanto olho para meus atos, sentimentos e pensamentos, encontro somente incoerências, e não consigo encontrar um padrão firme para balizar quem eu sou. Mas na hora que me permito tomar uma referência exterior inabalável, invariável e eternamente coerente em sua conduta, em seu pensamento e sentimento, posso avaliar quem sou. Poderíamos olhar para grandes e ilustres personagens da história como Buda, Sócrates, Alexandre, Churchill, Gandhi, Luther King, Madre Teresa, usando-os como espelhos para refletirem quem somos. Mas teríamos sempre imagens disformes de quem somos, uma vez que nenhum deles foi um SER INTEGRAL (um perfeito espelho). A visão de quem somos sempre estaria distorcida. Precisamos olhar para alguém que tenha pureza e plenitude suficiente para nos refletir como somos, com todas nossas imperfeições e virtudes (se é que existam muitas o suficiente para conseguirmos notá-las).
Segundo a Bíblia, o profeta Moisés perguntou a Deus como o apresentaria a seu povo. Deus, em sua soberania simplesmente disse: “EU SOU O QUE SOU... Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.” (Êxodo 3:14) Simples assim. Pleno assim. Deus não se apresentou como alguém que pudesse ser comparado a algo. Mas sim, como uma referência eterna, imutável, com a qual deveríamos nos espelhar. Mas Deus é espírito, transcendente, incomparável. Não podemos nos comparar a algo transcendente, mesmo que creiamos que Ele é uma pessoa. Antes que você ache que o fio se perdeu, digo-lhe que Deus se fez gente, carne, e habitou ente nós, dando-nos a chance de termos um “homem” com quem poderíamos nos comparar para assim descobrirmos quem somos. Falo de Jesus, o Deus encarnado entre nós.
E assim, quando confronto o que faço com o que penso, não consigo definir quem sou. Mas se comparo o que faço com o que Ele fez, defino que sou medíocre, ou nobre. Que sou dissimulador, ou amigo da justiça. Se comparo meus sentimentos, com o que ele sentiu, concluo que sou colérico, ou sou amoroso. Que sou vingativo, ou pacificador. Não confunda SER com o mero desempenhar de papéis na sociedade. Falo de sua essência, algo menos temporário que meros papéis. Algo que diz como você desempenhará os seus vários papéis, que cria sua identidade. Falo de você descobrir quem você é, para concluir o que pode fazer, onde pode chegar, e como lá chegará. Se quiser descobrir esse ser que existe em você, olhe para Aquele que foi, é e sempre será. Olhe para um ponto fixo, onde não há variação de mudança. Olha para alguém que é, independente de tempo ou circunstâncias.
É bem certo que nem você nem eu jamais seremos como Ele. Philip Yancey, em seu livro “Alma Sobrevivente” (Editora Mundo Cristão), cita Tolstoi: “O teste da observância dos ensinos de Cristo é a consciência de nosso fracasso em atingir a perfeição ideal. O quanto nos aproximamos dessa perfeição não é mensurável; tudo que podemos ver é o tamanho de nosso desvio.” Olhando para Jesus como referência de SER INTEGRAL, nós sempre poderemos responder quem somos. E sabendo quem somos, estaremos mais aptos para saber onde poderemos chegar, e no que precisaremos melhorar para lá chegarmos. Não necessariamente chegaremos. Mas se não chegarmos, certamente não será por nos desconhecermos. Talvez, por nos conformamos em ser o que somos: pequenos e limitados, por queremos confiar somente em nós mesmos. Pois saiba que o desejo dEle é sermos como Ele é, e assim alcançarmos coisas tão grandes quanto Ele alcançou.
Eis o caminho de crescimento. Caminhe! Ele será contigo.
Compromisso de hoje: Vou parar de olhar somente para mim mesmo para descobrir quem sou. Vou me comparar àquele que É. Só assim saberei quem sou.

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